Esta semana a República Dominicana anunciou que vai adotar o modelo americano ATSC (Advanced Television Systems Committee) de televisão digital terrestre.
Segundo o presidente do Instituto Dominicano de Telecomunicações (Indotel) José Rafael Vargas, o processo de transição da TV analógica para a digital será concluído em 2015. Ele também esclareceu que a escolha do padrão levou em conta a realidade do mercado e as condições tecnológicas da televisão no país.
Aproveitando o assunto, você sabe quais são as diferenças entre o padrão de TV digital nipo-brasileiro e o padrão norte-americano?
O padrão estadunidense de TV Digital, o ATSC, é popularmente conhecido por permitir a transmissão de imagem HDTV (high definition TV). Se comparado ao padrão ISDB-T, o brasileiro, a imagem é melhor, mas, que fique claro, é uma melhoria quase imperceptível. Além disso, esta característica impossibilita a trasmissão dos multicanais, o que, por sua vez, é permitido no padrão brasileiro.
O ISDB-T prevê uma ampla comunicação entre o telespectador e as redes transmissoras. Ele permite que as imagens sejam captadas em aparelhos celulares ou em veículos em movimento, ao contrário do ATSC.
O padrão estadunidense utiliza a modulação 8-VSB, ideal para recepção com antenas externas e em ambientes de pouco ruído impulsivo (por exemplo, a interferência gerada por um liquidificador). Já o ISDB-T permite a recepção móvel, tanto em celulares como em veículos em movimento gratuitamente, uma vez que o sinal para os receptores móveis trafega no mesmo canal que a transmissão em alta definição.
Outra diferença entre os padrões é que o nosso tem Ginga e o deles não. O que isso significa? Significa que o Brasil tem uma tecnologia que permite a execução dos programas interativos para a TV Digital, ou seja, sem o Ginga não tem interatividade.
Confira aqui outros posts sobre o Ginga e saiba mais sobre o assunto.
Grande abraço,
Agente Digital AOC.